sábado, 27 de setembro de 2014

Não fui eu que disse, mas podia ter sido

"A vida é feita de surpresas. Algumas vividas com tristeza. Outras com alegria. Outras que nos são indiferentes. No entanto a vida por si só, já é e sempre será, uma surpresa. Surpresas inesperadas, inacreditáveis, impensáveis, indesejáveis, imprevisíveis e contraditórias também. E nestas surpresas ficamos muitas vezes reféns. Lidamos muito mal com todo esse aparato inesperado de sentir a vida programada, a fugir por entre os dedos. E muitas vezes suspensos ficamos, presos nos vários porquês. Porquê a mim? Porquê agora? Porque me tinha de acontecer? E seguem-se porquês atrás de porquês, sem encontrarmos as respectivas respostas. Entre as perguntas feitas e as respostas que tardam, surge a tristeza, a angústia, a depressão, a ansiedade, a doença e o sofrimento por não saber lidar com estas surpresas da vida. Ficamos na resposta que não veio e a vida avança com mais porquês sem resposta, e vidas suspensas em fórmulas que não chegam. Tudo acontece como tem de acontecer e talvez essa seja a maior resposta. Quanto mais tentamos controlar a vida, mais ela nos controla a nós. Parte do que vivemos é construído por nós. Pelo que queremos. Pelo que alimentamos. Pelas escolhas que vamos fazendo. Por aquilo que vamos aprendendo. Se aconteceu na nossa vida, tem ou terá um significado que nos permitirá crescer nela. Dias de lágrimas, de medo, de angústia, de tristeza e de conflito todos tivemos e vamos ter. A diferença estará na quantidade de dias em que nos permitimos estar mal, suspensos e adormecidos à espera das respostas. Talvez venham. Talvez não. Mas se a vida nos fez surpresas, é só para nos encontrarmos nela. Não vale a pena negar, apenas aceitar e transformar."

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