sexta-feira, 6 de junho de 2014

6 meses depois...

Pré aviso - post chato, sobre assunto chato, mas em jeito de desabafo.

É verdade que já passaram 6 meses desde o dia em que a minha mãe desapareceu. Ponto da situação? Tudo igual ao primeiro dia. Eu não sou pessoa de me queixar e até acredito (ou acreditava) que a polícia faz o melhor que pode com os meios que tem, mas ao longo deste tempo fui mudando a minha opinião. O que é que a polícia fez em 6 meses? Quase nada! Eu fui ouvida pela PJ uma vez, há cerca de um mês atrás, quando fui a primeira pessoa a dar pela falta dela. O meu pai foi ouvido pela PJ duas ou três vezes, foi ouvido pelo núcleo de investigação criminal uma vez e ouvido pelo DIAP uma vez. A PJ fez uma cópia do cartão de telemóvel da minha mãe, mas entretanto não o analisou, mesmo depois de nos termos queixado de andarmos a receber chamadas de números anónimos. Não foi ouvida qualquer testemunha, apesar de nos terem sido pedidos todos os contactos. E o que é que o DIAP diz acerca disso? Que não falaram com ninguém porque "as pessoas vão dizer-nos a nós o que vos disseram a vocês". Mas isto por acaso é desculpa para não haver um interrogatório? Será que a polícia não tem perguntas específicas a fazer em casos de desaparecimento que lhes possam indicar um caminho a seguir? E ainda chamam o meu pai para lhe dizer "não se admire se receber uma carta em casa a dizer que vão fechar o processo". Como é que é possível fechar um processo sem sequer terem feito uma investigação? Sem ouvir pessoas, sem ver se foram feitas chamadas ou recebidas mensagens suspeitas? Eu entendo que não existem muitas pistas, que as buscas mais importantes foram feitas logo na altura do desaparecimento (pela família e amigos, claro) e que passado todo este tempo, não seja fácil desvendar o mistério, mas é inconcebível, para mim, que não se investigue NADA e se abandone um caso desta forma. Se a minha mãe fosse uma criança e fosse inglesa, não faltavam meios para a encontrar. Mas não é. É adulta, portuguesa, supostamente saiu de casa por vontade própria e não há nenhuma autoridade que se preocupe com o assunto. É triste e dói muito! Cada dia mais.

10 comentários:

  1. Ai pequeniña... =( Continuo sem saber que palavras usar para te conseguir ajudar de alguma forma. Só gostava que o teu pesadelo acabasse o mais rápido possível e que tivesses notícias da tua mãe.

    Nunca desistas!!! NUNCA!!!!!

    Um beijinho do tamanho do Mundo e Muita FORÇA!!!

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  2. Nem imagino o sofrimento pelo qual estás a passar, lamento imenso a tua situação, quero desejar-te muita força para ultrapassares isto.
    Beijinhos

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  3. Fico de coração pequeno com a tua história. Viver na incognica deve ser angustiante, ninguém devia passar por isso.
    E no que toca a justiça, é algo que não acredito muito. Se não forem vocês a procurar nada feito!

    Abracinho*

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  4. :(
    Tentem que o assunto tenha visibilidade máxima por parte dos media. Infelizmente em Portugal parece que a coisa só vai lá assim (conheço quem tenha resolvido situações com instituições, públicas e/ou privadas, só depois de recorrer à comunicação social).

    Muita força, Pequena.
    Beijinho grande e nunca percas a esperança

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  5. :S nem sei que te diga, realmente é no minimo desesperante saber que não está a ser feita uma investigação aprofundada.
    Muita força e que corra tudo pelo melhor =)

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  6. Pequenina já te disse uma vez e volto a dizer , sei que posso não conseguir fazer grande coisas mas se precisares de mim estou aqui de coração. Sou do Porto e ajudo-te no que precisares, quanto mais não seja a correr todos os sítios possíveis, e ir até ao fim para divulgar isto! Acho inconcebível fechar um caso sem se investigar nada! Um beijinho muito muito especial e força!

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    1. Obrigada! Caso volte às buscas (já percorremos todos os locais possíveis e imaginários), digo-te :)

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  7. Sei que já te sugeriram, mas não posso deixar de te incentivar: recorre à televisão, programas da sic, tvi, etc.
    Por experiência de um caso próximo vi uma situação complexa ser resolvida assim, quando a polícia nada fez.
    Desejo-te muita sorte
    Um beijinho
    (e sendo eu também do Porto, qualquer coisa que precises, alerta-nos!)

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