sexta-feira, 12 de abril de 2013

Rosencrantz & Guildenstern

A prima ligou-me ontem a perguntar se queria ir ao teatro. Tinha convites e o namorado não queria ir porque jogou o benfica (homens!!). Já há muito tempo que não ía ao teatro, por isso, aceitei. O nome da peça é estranho ("Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos"), mas os actores principais bem conhecidos: Gonçalo Waddington, Nuno Lopes e Bruno Nogueira.
Não sabia bem o que esperar porque nem tinha lido a sinopse da peça, mas apesar de algumas partes serem confusas, foi uma peça interessante que ainda arrancou grandes gargalhadas à plateia. 


 “Comédia de ideias que coloca numa deriva existencialista duas personagens secundárias do Hamlet de Shakespeare. Enviados pelo tio do Príncipe da Dinamarca para conter a ira do sobrinho e desvendar a origem da sua loucura, Rosencrantz e Guildenstern veem-se perdidos na sua missão, incapazes de descodificar o mundo que os rodeia, bem como a geografia do lugar que ocupam naquela intriga. A caminho de Elsinore, que é o nome do lugar onde o teatro se pensa a si mesmo, perguntam-se “Quem somos?”, interrogação que serve de mote a Marco Martins – criador que o cinema revelou mas que tem vindo a acrescentar território ao teatro português – para desencadear uma reflexão em cena sobre os labirintos da identidade e a vertigem da representação. No centro desta inquirição estão, ainda e sempre, os atores, essas criaturas que, sendo tantas, são “o mesmo lado de duas moedas” ou “os dois lados da mesma moeda”.


Os actores não desiludiram nem um bocadinho. Gonçalo Waddington aguentou as 2h30 de peça com uma entorse (magoou-se logo na primeira cena e ali ficou, a representar com dores até ao final), sem nunca ninguém dar por isso (até pensamos que o mancar fazia parte da personagem). Nuno Lopes em personagem mesmo durante o intervalo, sem uma única falha. Bruno Nogueira, igual a ele próprio, arrancando grandes gargalhadas. O restante elenco também muito bom (incluía alunos de uma escola de artes). 
Quem estiver no Porto, pode ver esta peça até ao dia 28 de Abril, no Teatro Nacional S.João.

2 comentários:

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