segunda-feira, 9 de abril de 2012

The H word

Hiperidrose. É esta a palavra feia sobre a qual vou falar hoje. Não vou falar da palavra em si, obviamente, mas do que ela significa.
Não sei se lhe chame doença, condição ou simplesmente disfunção do sistema nervoso simpático que provoca transpiração excessiva em determinadas zonas do corpo, independentemente de estar calor ou frio, de se estar a praticar desporto, estar parado ou até mesmo a dormir. Como devem imaginar, é uma situação desagradável e desconfortável e que faz com que as pessoas mudem alguns aspectos da sua vida de forma a se adaptarem ao problema. Para além das consequências físicas que pode trazer, o maior problema está nos efeitos emocionais que pode provocar. Podem vocês pensar que estou a dizer disparates, que este é um problema menor, mas falo por experiência, que há dias em que nem apetece sair de casa, há coisas que não fazemos, há roupas que não vestimos, e por aí fora.
Este não é um assunto do qual fale com regularidade. Aliás, falo mesmo as vezes estritamente necessárias e quando o faço, é contrariada. Parece que quando se fala disto, as pessoas passam a reparar mais, o que dificulta ainda mais as coisas. 
A minha experiência é relativa à hiperidrose axilar. Há quem tenha nas mãos, nos pés ou virilhas, mas eu tenho nas axilas e é embaraçoso mexer os braços e alguém ver uma mancha de suor enorme. E muita gente pensa que é falta de higiene. Mas não é. Eu sou muito limpinha e suo na mesma. E muito!
Neste momento devem estar a perguntar-se porque é que venho para aqui dissertar sobre o tema se nem sequer gosto de falar sobre ele. Ora porque esta quarta-feira vou fazer uma “pequena cirurgia” para tentar resolver o problema. Já experimentei antitranspirantes e iontoforese e não resultou, por isso, cá vai a terceira tentativa para eliminar o problema: Botox! Sim, isso mesmo, BOTOX! Vou levar umas injecções de toxina botulínica que deverão desactivar as glândulas sudoríparas e, portanto, reduzir a transpiração. O único senão desta aplicação, é que é um procedimento temporário. Pode durar entre 4 a 9 meses, mas prefiro experimentar este, antes de passar ao tratamento definitivo e que pode trazer outros problemas associados.
O tratamento definitivo consiste na remoção/destruição da glândula sudorípara na região das axilas ou na simpatectomia que é basicamente cortar ou grampear um dos gânglios do sistema nervoso simpático. Para além de ser já uma cirurgia mais “complicada” do que as injecções, pode acontecer o fenómeno de hiperidrose compensatória, ou seja, deixar de suar na região, mas começar a suar em outras partes do corpo. E além disso, o nervo pode regenerar após 6 meses e o problema pode voltar a surgir (daí o nome definitivo ser um bocadinho subjectivo).
Já ando há uns anos a tentar resolver o problema e só espero que este resulte. Mesmo sendo temporário, é bem melhor ter de ir periodicamente ao médico fazer tratamento do que andar todos os dias suada, sem poder usar as roupas e as cores que quero, desconfortável por estar sempre com a roupa molhada. Façam figas por mim!!!

5 comentários:

  1. Espero que corra tudo bem e que o problema fique resolvido. :)
    Um beijinho*

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  2. A minha ex bff (que espero que não sejas tu ahah) tinha o mesmo problema. Era mesmo chato, tomava banho bué vezes, e mal vestia uma camisola ficava logo suada. Era desconfortável para ela possa :s. Boa sorte com isso! ;)

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  3. O meu colega de escritório também tem esse problema, não só nas axlilas, e já anda a fazer esse tratamento com o Botox e diz que doi um bocadinho levar as injecções (no caso dele é nas mãos), mas que o efeito compensa a dor, porque realmente resulta.
    Espero que também tenha bons resultados contigo.
    Bjs e boa sorte

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    1. Ai dói, dói! Não dói a picada, mas o botox a entrar...é mesmo desconfortável. Mas agora espero que resulte ;)

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  4. olá querida, eu acho que sofro disso mas é nas mãos. há alturas que transpiro imenso mas felizmente ultimamente até está controlado. é tão desagradável, espero que tenhas sorte com o tratamento.

    Bjokas

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